A prática de ações que priorizam a preservação do meio ambiente cresce a cada dia. No mundo empresarial, muito além dessa consciência ambiental, é evidente que o investimento em tratamento de efluentes e resíduos industriais tem um retorno bastante significativo quando comparado os benefícios aos problemas evitados.
Ao deixar de cumprir a legislação e suas normas, as empresas sofrem implicações que geram prejuízos financeiros e desgaste na imagem de seus serviços e produtos frente aos consumidores.
Responder por crime ambiental pode ser um deles. Existem leis na esfera federal, como a resolução 357 do CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente) e nos Estados que aplicam multas e punições, implicando até na suspensão das atividades ou fechamento das empresas, caso seja realizado o descarte de resíduos líquidos em rios ou na rede de esgoto inadequadamente.
Órgãos como a CETESB, no Estado de São Paulo, IBAMA, Ministério Público e Polícia Federal autuam e, em casos extremos, podem até levar à prisão os responsáveis pelas empresas.
O prejuízo financeiro às companhias também pode ser direto quando não se aplicam as regras de tratamento aos resíduos gerados. As instituições financeiras – bancos – somente liberam financiamentos para as empresas com o devido licenciamento ambiental. Isso porque esses agentes financiadores também podem ser punidos, caso os projetos e obras financiadas prejudiquem o meio ambiente.
A Lei 6.938/81 tem um artigo específico (nº 12) que prevê sanção administrativa por danos causados ao meio ambiente, punindo com suspensão ou perda de participação em linhas de financiamento público.
Marketing verde
Os empresários que tentam burlar as leis e não agem com responsabilidade ambiental também veem sua lucratividade ser afetada, quando os consumidores preterem os produtos de sua empresa em favor de outros produzidos por uma companhia que valoriza o meio ambiente e trabalha de forma sustentável – o chamado “marketing verde”.
Muito embora, os empresários precisam estar cientes de que não basta apenas criar um merchandising de uma empresa “amiga do meio ambiente”, mas, de fato, agir como tal.
É sabido, também, que há um custo para o tratamento dos resíduos. Porém, especialistas apontam que um planejamento adequado na gestão operacional, a utilização de técnicas modernas e inovadoras, e parcerias com empresas especializadas e responsáveis, otimizam as despesas e podem, inclusive, promover a economia nessas despesas.
Exemplo disso é o SISREM, plataforma digital que relaciona todas as cargas de efluentes recebidas e tratadas pela Tera Ambiental. Por meio dessa ferramenta, os geradores tem acesso a uma base de dados que contemplam volumes, cargas orgânicas e valores por tipo de resíduo, a partir de consultas livres e obtenção de relatórios a qualquer momento. Com essas informações, é possível gerenciar a quantidade e características dos resíduos, economizando tanto em despesas operacionais geradas no armazenamento e coleta quanto no tratamento com a revisão da carga orgânica carregada nos efluentes.
O certo é que a destinação correta dos resíduos e a consciência ambiental devem fazer parte da rotina de empresas, pois são imensuráveis os ganhos – seja no aspecto de relevância e reputação entre seus stakeholders, seja também do ponto de vista econômico-financeiro.