Dentre as maiores fontes de poluição dos corpos d’água, encontram-se os lançamentos de efluentes industriais, sendo que muitos deles possuem grande relevância, do ponto de vista físico e químico, e são fontes de ampla diversidade de poluentes.
Para monitorar esses efluentes, e o ambiente aquático como corpo receptor, há necessidade da realização regular de análises, que são definidas por resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente, nº 430/2011 e nº 396/2008.
Os métodos para avaliação de toxicidade dos efluentes industriais são ferramentas importantes de prevenção, caracterização e controle da poluição, e a estratégia mais eficiente é o uso integrado de análises físicas, químicas e eco-toxicológicas, que respondem como, quais e em que níveis os efluentes podem prejudicar a saúde humana e ecossistemas.
Coleta e amostragem
O objetivo da amostragem para a realização de um relatório analítico, é coletar um volume pequeno o bastante para ser transportado e conservado adequadamente até sua chegada a um laboratório. Para que o processo ocorra corretamente, é necessário que seja adotada a utilização de frascos específicos, de volumes mínimos de amostra e do prazo máximo para a execução das análises laboratoriais.
A coleta de amostras e o seu acondicionamento é uma das etapas mais importantes no monitoramento da qualidade e na confiabilidade dos resultados, dependendo de sua correta execução. O procedimento de coleta, deve ser elaborado por equipe capacitada para que haja segurança da preservação da amostra, que é um requisito essencial para obter a maior exatidão possível na resultância de seus parâmetros.
Análise de dados
Os teores determinados nas amostras analisadas são comparados aos padrões de estabelecidos, os quais são determinados por resoluções legais, que dão subsídios aos laboratórios na expedição de seus laudos.
Para que essas determinações sejam realizadas, há uma série de técnicas analíticas que são capazes de identificar os componentes presentes em determinada amostra e quantificar suas concentrações com grande precisão.
O aspecto mais importante é assegurar que os dados e resultados obtidos tenham a melhor qualidade possível, assegurando a exatidão do processo.
Métodos de análise
Os métodos de análise de efluentes podem ser divididos em:
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Físicos – usam uma ou mais propriedades físicas para separação e/ou quantificação (espectrometria, espectroscopia, turbidimetria, etc.);
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Químicos – utilizam transformações químicas como base primária de separação e quantificação (volumetria, titulometria, combustão, gravimetria, etc.);
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Cromatografia gasosa e líquida – técnica de separação que faz uso de métodos físicos e químicos para a quantificação e detecção;
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Eletroquímicos – baseiam-se em medidas de voltagem ou fluxos de correntes associadas com transformações químicas (condutometria, potenciometria, etc.).
Os métodos utilizados para a obtenção dos resultados analíticos são executados a partir da do atendimento às especificações de normas nacionais e internacionais de análise, como Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, American Public Health Association (APHA), American Water Works Association (AWWA), Water Environment Federation (WEF), Environmental Protection Agency, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo e ABNT’s.
SMA 100
A avaliação de parâmetros químicos e físicos de qualidade é importante para entender o funcionamento dos ecossistemas e os problemas ambientais, além de propor soluções viáveis para eles. Daí a necessidade de serem aplicadas metodologias seguras e precisas e serem realizadas por laboratórios confiáveis.
É nesse sentindo que a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo regulamentou, com a publicação da Resolução SMA nº 100/2013, a exigência de implementação da norma NBR ISO 17025 nas empresas que realizam amostragem e, por conseguinte, ensaios em campo.
O objetivo é gerenciar ações que possam afetar a qualidade e a confiabilidade das avaliações ambientais nas investigações realizadas em áreas potencialmente contaminadas.
A Resolução SMA 100 impacta diretamente na acreditação de laboratórios e concedeu prazo de dois anos para a retomada da exigência da acreditação das atividades de amostragem, para as seguintes matrizes ambientais:
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Água subterrânea em poço de monitoramento (método de purga por baixa vazão);
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Água para consumo humano;
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Água bruta em poço tubular para fins de abastecimento;
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Água superficial;
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Efluentes líquidos;
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Emissões atmosféricas em fontes estacionárias;
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Ar atmosférico (monitoramento automático e manual).
Esse tipo de Resolução age com incentivador na intensificação de fiscalizações e na melhoria da qualidade e padrão dos laboratórios, promovendo maior precisão em todo seu processo.
Como a Companhia de Saneamento de Jundiaí se destaca quando o assunto é ISO 17025?
Através de rigorosos procedimentos como o monitoramento dos esgotos recebidos para tratamento, seja via rede coletora ou através da modalidade offsite, o laboratório da Companhia Saneamento de Jundiaí garante a padronização dos ensaios e o uso de equipamentos calibrados, gerando resultados seguros e confiáveis. Entenda em nosso vídeo: