A Semana Mundial do Meio Ambiente é um momento significativo em nosso calendário com a conscientização sobre vários aspectos, principalmente sobre a preservação de recursos naturais. Este evento anual, que ocorre de 5 a 9 de junho, oferece uma oportunidade valiosa para refletirmos sobre os desafios ambientais e tratarmos sobre as soluções que podem ser adotadas.
Atualmente, há muitas discussões sobre como podemos mudar rotinas, minimizando os impactos através de práticas ambientalmente conscientes que beneficiam a natureza em todas as suas esferas.
Neste contexto, a economia circular emerge como um conceito crucial para alcançarmos um futuro sustentável e, pensando nisso, trouxemos uma análise sobre a prática, sua importância e como negócios de qualquer segmento podem incorporá-la em seus processos.
Trata-se de um modelo econômico que busca minimizar a geração de resíduos, otimizar o uso de recursos e promover a sustentabilidade ao longo de toda a cadeia produtiva.
Diferentemente do modelo econômico linear tradicional, no qual se extrai matéria-prima, produz-se, consome-se e descarta-se, na economia circular os recursos são mantidos em uso pelo maior tempo possível, através de ciclos de vida mais longos.
Seu princípio central é substituir o modelo "extrair-produzir-descartar" por um ciclo que consiste em "reduzir-reutilizar-reciclar". Ou seja, na economia circular, o processo não termina com o descarte. O ciclo sempre se renova constantemente através da reciclagem de materiais que possam ser úteis para outras finalidades.
A economia circular pode se fazer presente em um negócio de diversos modos e, embora cada indústria e setor tenha seus desafios específicos em relação à implementação do conceito, existem algumas estratégias que podem ser comumente aplicadas por qualquer organização. Alguns exemplos são:
Reciclagem: envolve o estabelecimento de processos eficientes para recuperar materiais valiosos dos rejeitos descartáveis, reduzindo a necessidade de extrair novos recursos naturais. Aqui, as empresas podem reciclar além dos tradicionais, como plástico, papel, metal e vidro; olhando também para seus resíduos.
Redução: consiste em minimizar a geração desde a fase inicial de produção, utilizando materiais mais duráveis, recicláveis e de fácil reparo. Um bom primeiro passo neste caso é analisar os processos produtivos para identificar possíveis desperdícios e implementar medidas que reduzam o consumo de materiais e energia, como a otimização de layouts, o uso de tecnologias mais eficientes e a adoção de práticas de produção mais limpas.
Reutilização: envolve a promoção da reutilização de produtos e componentes, prolongando seu tempo de vida útil. Um exemplo prático é a criação de programas de reutilização interna que estabelecem um sistema para identificar e promover a reutilização de materiais dentro da própria empresa. Isso pode incluir a criação de um inventário de itens para serem reaproveitados, como equipamentos, móveis, embalagens e suprimentos.
Recuperação: consistem em utilizar resíduos não recicláveis como fonte de energia, por meio de processos como a geração de energia a partir de resíduos orgânicos ou a produção de biogás. A energia solar também pode ser considerada aqui como um exemplo de fonte renovável. Mesmo que não envolva a recuperação de novos itens, é um meio sustentável de produção energética.
Logística reversa: consiste na criação de um conjunto de procedimentos e meios para recolher e dar encaminhamento pós-venda ou pós-consumo. A logística reversa pode ser aplicada a diferentes tipos de produtos, como eletrônicos, embalagens, pneus, medicamentos, produtos químicos, entre outros. Suas principais finalidades são reduzir o descarte inadequado de resíduos, promover a recuperação de materiais valiosos, diminuir a demanda por matérias-primas virgens, evitar a contaminação ambiental e cumprir regulamentações legais relacionadas à gestão de resíduos.
Resíduos líquidos e sólidos são passíveis de serem reciclados e também configuram como um modo de colocar a economia circular em prática. O conceito circular, a reciclagem de efluentes e a compostagem estão diretamente relacionados pois ambos visam maximizar o uso eficiente dos recursos naturais, minimizar o desperdício e promover a sustentabilidade. Isso porque um princípio fundamental é aplicado aqui: a reutilização de um resíduo que pode ser transformado em outros produtos, ao invés do simples descarte desnecessário em aterros sanitários.
No entanto, para que esse processo de reaproveitamento ocorra é necessário um ciclo, contemplado por 3 etapas:
A reciclagem de efluentes começa com o tratamento das águas residuais para remover impurezas e poluentes, tornando-as seguras para reutilização. Existem várias tecnologias de tratamento disponíveis, incluindo processos físicos, químicos e biológicos.
Após o tratamento, a água pode ser reutilizada para fins menos nobres, como irrigação de áreas verdes, lavagem de veículos, resfriamento industrial, entre outros.
No processo de tratamento de efluentes, comumente gera-se o lodo, um resíduo sólido que também pode ser reaproveitado através da compostagem, uma técnica que consiste em transformar resíduos orgânicos em compostos ricos em nutrientes para a agricultura e paisagismo.
A compostagem é um método biológico, natural e controlado, capaz de bioestabilizar a matéria orgânica com a ocorrência de altas temperaturas. Os resíduos permanecem em leiras por no mínimo 55 dias, sendo expostos a uma média de 55° C para garantir a higienização completa até a finalização do processo de transformação em fertilizante como produto final.
O resultado da compostagem é um adubo orgânico rico em nutrientes que volta para o ciclo produtivo, podendo ser aplicado em inúmeras culturas agrícolas, projetos paisagísticos e até mesmo cultivos urbanos, configurando um ciclo de renovação dos resíduos, além de garantir a preservação ambiental e evitar esgotamento dos aterros sanitários através desta transformação.
Com a possibilidade de realizar a reciclagem de efluentes, as empresas podem contar com essa alternativa para fazer a economia circular parte do seu negócio. No entanto, outros benefícios são agregados com a estratégia, como:
Tudo isso se reflete em segurança no sentido de as empresas cumprirem com as normas ambientais em relação ao tratamento dos seus resíduos, e no fortalecimento de uma imagem positiva perante clientes e stakeholders, já que a responsabilidade ambiental é cada vez mais valorizada por esses agentes.
Quando pensamos em reciclagem de efluentes e economia circular, a Tera Ambiental é especialista no assunto, oferecendo um tratamento de efluentes seguro para organizações dos mais diversos segmentos.
Através da reciclagem, temos como diferencial a garantia da não geração de passivos ambientais no processo, uma vez que todo o lodo proveniente do tratamento dos efluentes é reaproveitado na compostagem, junto a resíduos sólidos orgânicos industriais e agroindustriais, resultando em um fertilizante orgânico composto rico em nutrientes.
Aqui, trabalhamos de modo a considerar que tudo está conectado, assim garantimos que nossos clientes escolheram a destinação ambientalmente mais correta e segura, evitando não só autuações e outras penalizações, mas também garantindo que o meio ambiente seja preservado através da sustentabilidade promovida em todas as nossas ações.