Apesar de serem termos parecidos, afluente e efluente são coisas bem diferentes. Justamente em função da similaridade, que pode acabar causando confusão entre os dois assuntos, fizemos esse post para que você entenda o significado de cada um deles.
Além disso, vamos mostrar de que maneiras podem ser realizados ambos os tratamentos com o objetivo de utilização dos afluentes nas atividades cotidianas e minimização de danos ambientais causados por efluentes.
O que é um afluente?
Afluente é um curso d´água cuja vazão contribui para o aumento de outro corpo d´água. Em linhas gerais, são águas que fazem parte da natureza, assim como rios e cursos d'água pequenos, que deságuam em rios principais.
Podem ser entendidos ainda como pequenos caminhos de água formados até chegar ao rio principal, sem que o líquido chegue diretamente ao mar, lago ou oceano.
Para receberem essa denominação, os afluentes devem estar ligados a um rio principal de forma obrigatória, mesmo que esse deságue em mares ou oceanos. E a ligação do afluente com o rio, por sua vez, chama-se confluência.
Ao contrário do que alguns possam pensar, não é porque os afluentes são recursos naturais que não precisam de tratamento. Para que sejam utilizados em atividades rotineiras, como limpeza e higiene, é preciso que passem por alguns processos.
Com esse objetivo existem as estações de tratamento de afluentes. Nelas, a água passa por etapas que visam a eliminação de impurezas e resíduos, na maioria das vezes advindos da própria natureza. Entre eles estão galhos, folhas e partículas orgânicas. A partir daí, a água tratada segue para uso da população em seus afazeres diários.
O que são efluentes?
Os efluentes tratam-se de resíduos gerados por meio das atividades humanas e industriais. Sua variação é enorme. Para facilitar o entendimento, são divididos em dois tipos: efluente doméstico e efluente industrial.
Os efluentes domésticos são aqueles provenientes em residências e empresas, como esgoto, caixas de gordura de casas e fossas sépticas. E os industriais são os rejeitos produzidos durante os processos produtivos e que não são mais aproveitados. Existem diversos segmentos de indústrias, mas alguns exemplos são: água de lavagem, água residuária, lodo líquido, entre outros.
Quando os efluentes de qualquer fonte poluidora são despejados sem tratamento nos corpos d'água, podem causar sérios danos ao meio ambiente e também à saúde humana, já que são causadores de doenças como cólera e hepatites A e B.
Para evitar esses problemas, no Brasil os efluentes só podem ser lançados nos corpos receptores após receberem tratamento adequado, segundo padrões e exigências estipulados pela Resolução 430 do CONAMA. No estado de São Paulo, há também o Decreto N.º 8.468 que dispõe sobre a prevenção e o controle da poluição do meio ambiente.
Tipos de tratamento de efluentes
Para que o tratamento de efluentes seja realmente eficaz, são necessárias diferentes abordagens. Veja quais são elas:
- tratamento primário, onde acontece a remoção de materiais grosseiros, sólidos em suspensão, sólidos sedimentáveis e parte da matéria orgânica; e ajuste de PH. Caso esteja de acordo com os padrões legais para despejo, pode ser lançado no corpo receptor. Do contrário, passa para outra etapa;
- tratamento secundário, constituído por processos bioquímicos que podem ser aeróbios e anaeróbios. O objetivo é remover a matéria orgânica que não foi retirada anteriormente. Se realizado de forma assertiva, é possível obter um efluente em conformidade com a legislação;
- tratamentos terciários, realizados para remoção de poluentes específicos não removíveis pelos métodos biológicos convencionais. Entre eles estão matéria orgânica, compostos não biodegradáveis, nutrientes e metais pesados.
Nosso artigo sobre a diferença entre afluente e efluente foi útil para você? Quer saber mais sobre outros assuntos relacionados? Então continue acompanhando o blog da Tera Ambiental!