A indústria consome cerca de 22% da água potável disponível, segundo estimativas do Ministério do Meio Ambiente. Com isso, o setor industrial gera muitos resíduos líquidos que precisam de tratamento para evitar a poluição dos corpos d’água. As empresas estão mais conscientes sobre o valor da sustentabilidade, mas se apenas isso não for o suficiente, temos uma lista com oito motivos para convencê-lo a fazer a coisa certa: coletar, destinar e tratar seus resíduos corretamente.
1. Odor
O odor gerado pelos efluentes pode ser desagradável e atrapalhar a produção na indústria, gerando transtorno para a operação. O odor geralmente surge quando o local de armazenamento não tem estrutura adequada, o que também pode resultar em vazamentos e dificuldades de manipulação.
2. Transbordamento
Locais inadequados, assim como excesso de efluentes em fossas, tanques, containeres, lagoas, IBCs entre outros, podem resultar em transbordamento. Além da sujeira e do odor, a indústria também está sujeita a autuações e multas aplicadas pelo órgão ambiental durante fiscalização, uma vez que também pode ocorrer a contaminação do solo.
3. Retorno e entupimento
Se você apenas acumular os efluentes sem um plano de descarte, o excesso pode fazer com que haja o retorno em ralos e entupimento nos encanamentos.
4. Risco à saúde
Falta de tratamento de efluentes, assim como falta de tratamento de água e esgoto são as principais causas de doenças sérias que ainda atingem nossa população. Falamos mais a respeito no artigo Conheça as doenças causadas pelo “não tratamento” do esgoto.
5. Risco ao meio ambiente
Muitos resíduos industriais líquidos são nocivos e seu descarte ilegal altera as características do solo e da água, polui e contamina o meio ambiente.
6. Legislação
O Decreto 8468/76 determina como deve ser o descarte de efluentes no Estado de São Paulo, tanto para lançamento direto no corpo receptor de efluentes, conforme estabelece o artigo 18, quanto para lançamento indireto, estabelecido pelo artigo 19 A. Para lançamento direto no corpo receptor também são adotados os parâmetros da Resolução 430/2011, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
7. Autuação
Quem descumpre a lei está sujeito a multas e autuações aplicadas pela CETESB, conforme mostramos nos artigos CETESB divulga lista de empresas autuadas em 2013 e Fiscalização investiga casos de descarte irregular de efluentes.
8. Complexidade no tratamento de efluentes
Muitos efluentes industriais são complexos e precisam de diferentes tipos de tratamento antes de serem descartados ou reutilizados. Apenas um especialista no assunto poderá fazer a análise e determinar o tipo de tratamento necessário. A reportagem "Cetesb notifica frigorífico por falta de licença ambiental em José Bonifácio", por exemplo, mostra o caso de um frigorífico que tratava seus efluentes, mas de maneira inadequada para sua localidade, sem contar o mau cheiro e a falta de licença ambiental.
Para completar, é importante escolher o parceiro certo na hora de fazer o tratamento de efluentes, pois segundo a legislação, a Responsabilidade por dano ambiental é compartilhada entre empresas. Isso significa que se a empresa que trabalha para você não for idônea e cometer crimes ambientais, você é corresponsável. Saiba mais em Corresponsabilidade ambiental - 3 motivos para ser diligente na contratação de serviços ambientais.
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