Uma reportagem do telejornal Bom Dia Brasil, da Rede Globo, foi ao sudeste do Pará verificar um dos maiores desastres ambientais do estado.
Segundo o Ministério Público, 75 empresas brasileiras e multinacionais de várias regiões do país, inclusive do estado de São Paulo, enviaram mais de 30 mil toneladas de resíduos para uma usina que operava no Pará entre 1999 a 2002. E mesmo após 15 anos do fim da operação, todas empresas geradoras estão sendo responsabilizadas pelos danos ambientais.
A empresa começou a funcionar como depósito de lixo com uma autorização que violava uma lei estadual de 1995, que proíbe a entrada de resíduos tóxicos no Pará. A Secretaria Estadual de Meio Ambiente disse que agiu dentro da lei, e que o alvará do depósito permitia apenas a incineração de resíduos produzidos no estado.
O crime ambiental foi descoberto após a morte de um funcionário por intoxicação, e o dono da usina foi condenado a sete anos e meio de prisão por crime ambiental e estelionato.
O caso reforça a necessidade dos geradores de resíduos auditarem constantemente as empresas contratadas para o tratamento e, principalmente, se certificarem dos métodos, capacitação pessoal, idoneidade e capacidade financeira para assumir todos os passivos.
LEMBRE-SE: A responsabilidade é compartilhada entre gerador e receptor dos resíduos, mesmo após a destinação final ser concluída! Ateste sempre que a alternativa que receberá seus passivos seja confiável, mesmo se estiver com sua documentação (alvarás, licenças, certificados) válida.
Confira o que você verá na reportagem
. Quem vai pagar a conta?
. Solução barata, irresponsável e criminosa
. Empresas geradoras também são responsáveis pelos danos ambientais
. Justiça tarda, mas não falha!

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