A gestão ambiental direciona o mundo corporativo/industrial na busca pelo equilíbrio entre produção e meio ambiente. Na prática, trata-se de um conjunto de ações, políticas e procedimentos técnicos para obter melhor desempenho ambiental.
No caso das empresas geradoras de efluentes e resíduos, a gestão ambiental deve seguir um planejamento que aponte soluções mais eficazes para armazenagem, coleta, transporte, tratamento, reaproveitamento – caso seja possível – e destinação final adequados.
A estratégia para a gestão dos resíduos industriais passa pela adoção de medidas que visam a mensuração e controles ambientais por meio de tecnologias e práticas “mais limpas”.
Na impossibilidade de se evitar a geração de resíduos, o gerador deve adotar medidas de valorização, como a reciclagem e o reaproveitamento. Somente em último caso, os resíduos que não sejam possíveis de reaproveitamento devem ter um destino adequado atendendo às características de periculosidade.
Todo esse planejamento da gestão e a implantação das ações propriamente ditas devem ser realizadas de acordo com o que as leis ambientais vigentes determinam.
A mais recente é a Lei Federal 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos e estabelece as diretrizes para a destinação de resíduos produzidos pelas indústrias e empresas.
Para o tratamento de efluentes contamos com a resolução nº 430, de 13 de maio de 2011, a qual classifica os corpos de água, traçando diretrizes ambientais, e também estabelece condições para o lançamento de efluentes. Essa resolução visa complementar (e alterar parcialmente) a anterior, nº 357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
O intuito é limitar a carga poluidora encaminhados na natureza, bem como o local em que o efluente é descartado. Com impactos financeiros evidenciadas em muitos casos, o Banco Mundial e outros órgãos de financiamento, por exemplo, possuem suas normas próprias para limitar a poluição gerada pelas indústrias financiadas por eles, com isso cada vez mais as empresas estão atentas.
Tratamento
Uma das fases mais importantes do processo de gestão é o tratamento de efluentes, que evoluiu e ganhou muitas contribuições tecnológicas nos últimos anos, diante das restrições legais para o lançamento de dejetos de forma in natura nos cursos d’água.
Hoje, o tratamento dos efluentes precisa ser feito em uma Estação de Tratamento de Esgotos (ETE), que irá retirar a carga poluidora dos efluentes, devolvendo ao meio ambiente o efluente tratado em condições própria para o retorno aos corpos hídricos.
Ao mesmo tempo, o tratamento consegue ainda dar nova utilização aos resíduos, já que parte deles, como o lodo gerado no processo, é transformado pelo na compostagem em fertilizante agrícola.
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Benefícios da gestão ambiental
A gestão ambiental eficaz traz inúmeros benefícios às empresas:
- Redução de riscos de acidentes ecológicos;
- Fortalecimento, junto ao consumidor, da imagem de empresa ambientalmente responsável;
- Adequação e cumprimento das leis vigentes;
- Estar apta para obter certificações, como as da família ISO 14.000;
- Tornar-se elegível para financiamentos governamentais e bancários, assim como programas de investimento.
Em resumo: em um mercado extremamente competitivo, com o público consumidor cada vez mais consciente da necessidade da proteção ambiental e com leis rígidas, a gestão ambiental é a maneira mais eficaz para se operar de forma sustentável, com soluções inovadoras e ambientalmente corretas.