No dia 22 de março é comemorado o Dia Mundial da Água com o objetivo de celebrar esse recurso essencial para a sobrevivência na Terra e, também, conscientizar a todos o quão importante é sua preservação.
A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da resolução 47/193 de 21 de fevereiro de 1993, com o propósito de combater a crise mundial da água e contribuir com o item 6 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que destaca a disponibilização de água potável e saneamento básico para todos até 2030.
A ONU define a cada ano um tema específico para destacar e dessa vez o foco está na relação entre a água e as mudanças climáticas.
Mas qual é a relação entre água e mudanças climáticas?
As mudanças climáticas fazem com que o ciclo da água sofra um aumento na variabilidade, o que provoca eventos hidrológicos extremos, ameaçando futuramente a disponibilidade de recursos hídricos, o desenvolvimento sustentável e a biodiversidade do planeta. A manipulação adequada da água contribui no combate a esses fenômenos, reduzindo as inundações, as secas, a escassez, a poluição e os gases de efeito estufa.
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As recomendações do United Nations Water (UN-Water / ONU-Água), mecanismo interinstitucional que coordena os esforços de entidades das Nações Unidas e organizações internacionais que trabalham com questões de água e saneamento, dizem que os formuladores de políticas climáticas devem colocar a água no centro de seus planos de ação o mais breve possível, levando em consideração o gerenciamento seguro e sustentável da água.
Outra solução tangível é melhorar o armazenamento de carbono. Segundo a UN-Water, os solos de mangues podem armazenar até três ou quatro vezes mais carbono que os solos terrestres. Ou seja, preservar e expandir esses ambientes pode impactar nas mudanças climáticas.
Repensar a gestão da água também é fundamental para apoiar a resiliência climática. A Declaração Universal dos Direitos da Água, que foi redigida no dia 22 de março de 1992, conta com normas que geram debates e considerações plausíveis sobre a escassez da água em diversos lugares do planeta. Duas normas interessantes sobre esta causa são: Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social; e Art. 10º - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.
Contudo, é necessário investir em planos de adaptação, com estratégias direcionadas a uma nova gestão dos recursos hídricos, para atender de forma correta as necessidades agrícolas, comerciais e de saneamento básico.
Como o tratamento de efluentes pode contribuir no cenário
Uma das soluções apresentadas ainda pela Un-Water é aumentar a reutilização segura de águas residuais. O tratamento de efluentes industriais e sanitários contribui com a transformação dessas águas para finalidades de retorno a natureza e reúso, tendo influência positiva para a população e para o meio ambiente, além de impactar as atividades industriais e urbanas.
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A agricultura também é um dos segmentos que mais utiliza água e deve adotar práticas inteligentes de melhorias da matéria orgânica do solo, a fim de reduzir perdas e desperdícios de alimentos. O tratamento de efluentes com finalidade de irrigação e a Coleta de água de chuva também entram como recursos para amenizar esses fenômenos.
Para se criar um futuro sustentável é imprescindível uma contribuição geral, e a meta do Dia Mundial da água é alcançar a todos, tanto do setor privado como da sociedade em geral. Algumas ações simples podem fazer grande diferença, como: tomar banhos rápidos, escolher uma refeição à base de plantas, desligar a eletricidade quando está dormindo ou fora de casa, não jogar fora alimentos e comprar de forma sustentável. Enquanto isso as indústrias registram sua participação adotando práticas que possibilitam a preservação do recurso.