Gerada principalmente na construção civil, a lama de perfuração ou lama bentonítica é um efluente constituído basicamente por água e bentonita – nome genérico da argila composta de mineral silicato hidratado de alumínio - com o objetivo de propiciar a sustentação do solo em escavações de fundações. É um material tixotrópico, que, em repouso, tem consistência gelatinosa com ação anti-infiltrante e, quando agitado, fluidifica. Na construção, ao ser bombeada para dentro de uma cavidade, a lama de perfuração preenche os vazios e adquire rigidez, formando uma espécie de película, impedindo o desmoronamento das paredes da cavidade.
E exatamente por ter uma densidade que se sedimenta rapidamente, pode ser prejudicial ao meio ambiente quando descartada de forma incorreta, principalmente próxima aos cursos d’água. Ela sedimenta, impedimento a oxigenação e, por consequência, prejudicando a fauna e flora do local.
Gestão adequada da lama de perfuração
Para que a empresa responsável pela obra esteja dentro da lei, é necessário um gerenciamento correto, que passa pelo condicionamento adequado, transporte apropriado e tratamento eficiente para que sejam eliminados os poluentes do efluente:
1. Inicialmente, os resíduos da lama devem ser coletados e transportados para uma estação de tratamento de esgoto.
2. O transporte do material exige cuidado e caminhões especiais que disponham de sistemas de vácuo de extrema eficiência.
3. A equipe envolvida também precisa estar capacitada sobre como fazer o manuseio, seguindo recomendações das normas vigentes para que evite-se acidentes e contaminações.
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Características do tratamento do efluente
A Estação de Tratamento de Esgoto, que recebe o efluente, deve ter capacidade de absorver o impacto do recebimento da lama bentonítica, uma vez que sua composição tem elevada presença de Sólidos Suspensos Totais (SST), o que dificulta ainda mais o processo, exigindo uma estrutura altamente capacitada e conhecimentos técnicos específicos.
Todas essas etapas do processo e sua alta complexidade encarecem o valor do tratamento em relação a outros tipos de efluentes. No entanto, é um preço que as construtoras precisam calcular antecipadamente e agregar aos custos da obra para não serem prejudicadas e ficarem sujeitas às penalidades da lei que, em caso de fiscalização, podem resultar em multas e embargos da construção. Por isso, as construtoras e empresas responsáveis pelas obras devem sempre solicitar o CDF - Certificado de Destinação Final, que garante em casos de auditorias e fiscalizações que o efluente foi destinado e tratado de forma correta.
Contrate apenas parceiros qualificados
Para ter a certeza de que o tratamento e o descarte final da lama de perfuração seja feito de maneira adequada e dentro dos preceitos legais, há a necessidade de que sejam contratadas empresas responsáveis e devidamente licenciadas junto aos órgãos ambientais. Essa parceria será parte fundamental para que a construtora seja categorizada como confiável e sustentável.
Para esse caso, sugerimos que as construtoras contratem diretamente as empresas de tratamento, sem intermediários, uma vez que a responsabilidade ambiental está totalmente relacionada entre a geração e a destinação final dos resíduos das obras.
Se sua empresa se enquadra nesse contexto, a Tera está apta em ajudá-la ao receber a lama geradas pelas obras, além de proporcionar as facilidades que o exclusivo sistema on-line SISREM oferece para o gerenciamento das remessas, obtenção de relatórios e do CDF.