O Brasil é um país tipicamente agrícola em virtude da sua grande extensão territorial e condições climáticas favoráveis, entretanto é dependente de um dos principais insumos da agricultura: o fertilizante.
Os solos brasileiros precisam ser corrigidos, já que grande parte é considerada de média a baixa fertilidade. Carente de potássio, os agricultores são dependentes da importação de fertilizante para cultivar o solo. Além do potássio, o nitrogênio e o fósforo, conhecidos como NPK são usados no reflorestamento, pecuária, adubação de base e nas lavouras.
A importação de fertilizantes corresponde a 20,4 milhões de toneladas ou 66,8% de todo o consumo estimado para o ano de 2013 no Brasil. Quando detalhamos cada componente químico, são importados 73% do fertilizante nitrogenado, 34% do fertilizante fosfatado e 90% do fertilizante potássico.
Os dados são conflitantes se considerarmos que o país é um dos principais produtores agrícolas do mundo e o fertilizante um insumo essencial para a agricultura.
Plano Nacional de Fertilizantes
Mas o que fazer para resolver a questão? Para estruturar a política nacional de produção e importação de fertilizantes, o Ministério da Agricultura propôs o Plano Nacional de Fertilizantes, cujo objetivo é diminuir a dependência externa da agricultura brasileira de matérias-primas até o final desta década. A estratégia envolve o estímulo à busca de novas jazidas de fósforo e potássio, bem como a exploração daquelas já conhecidas.
O Plano Nacional de Fertilizantes também prevê aumento na produção de fertilizantes orgânicos e organominerais, com a instalação de fábricas em regiões estratégicas que concentram matéria-prima.
Fertilizante orgânico é a solução
Uma opção de grande valor agregado e que pode ajudar a diminuir a dependência da importação é o fertilizante orgânico produzido com resíduos reaproveitados por meio da reciclagem de nutriente.
Os resíduos orgânicos destinados para a compostagem são transformados em produtos ricos em nutrientes, oferecendo uma alternativa nacional e ambientalmente correta para a redução da dependência da importação de fertilizantes minerais.
O Fertilizante Orgânico Composto Terafértil, por exemplo, utiliza como matéria-prima o lodo sanitário da estação de tratamento de esgoto de Jundiaí, dentre outros resíduos orgânicos industriais e comerciais compostados, baseado no melhor aproveitamento e desenvolvimento dos nutrientes. Destaca-se a virtude das concentrações de matéria orgânica, nitrogênio, fósforo e micronutrientes e também pela capacidade de supressão de fitopatógenos presentes no solo.
Nós acreditamos que alternativas de reaproveitamento podem ser as melhores práticas para a otimização do uso de fontes minerais e dos nutrientes usados na agricultura.
Quer saber mais sobre o assunto? Tem interesse em produtos gerados a partir da compostagem de resíduos orgânicos?
Abisolo cria campanha para fertilizantes orgânicos compostos
A Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal, desenvolveu uma campanha para falar da importância da contribuição dos fertilizantes orgânicos compostos para a melhoria das características químicas, físicas e biológicas do solo. Confira o vídeo abaixo: