Há muitos anos que Jundiaí é exemplo no tratamento de efluentes e gestão do lodo de esgoto, que é transformado em fertilizante orgânico composto por meio do processo de compostagem. A Estação de Tratamento de Esgotos de Jundiaí (ETE-J), local onde os efluentes de nossos clientes também são recebidos via caminhão, realiza o tratamento 100% do esgoto coletado no município, um volume aproximado de 80.000 m³/dia de esgotos.
O esgoto tratado é despejado no Rio Jundiaí, já o lodo acumulado nas lagoas de decantação pelo processo de tratamento biológico é desidratado e segue para a compostagem. Jundiaí mostra-se pioneira, pois na maioria das cidades brasileiras, o lodo de esgoto não é reciclado e sim depositado em aterros sanitários.
“A transformação do lodo de esgoto em fertilizante promove uma contribuição indireta, porém muito importante para a despoluição dos rios. Isto porque ela é uma alternativa mais barata para a destinação final do lodo quando comparada a alternativa convencional que é o aterro sanitário. Além disso ela tem importância reconhecida na reciclagem de nutrientes e evita a criação de passivos ambientais”, afirmou o engenheiro Fernando Carvalho Oliveira, responsável técnico pela compostagem do lodo de esgoto em entrevista ao jornal Bom Dia Jundiaí, na reportagem "Jundiaí protege água e cuida bem de esgoto", que aborda o pioneirismo da cidade na área.
“Existe um processo de aeração desta mistura com o lodo a uma elevação significativa da temperatura, que chega a 65 graus Celsius, promovendo a total higienização do composto orgânico, eliminando todos os organismos causadores de doenças e transformando o composto num fertilizante de uso seguro na agricultura”, esclarece Fernando.
Há mais de 15 anos, a cidade gerava cerca de 400 toneladas de lodo de esgoto diariamente. Atualmente, o volume fica em torno de 70 toneladas diárias, com 20% de teor de sólidos. O lodo de esgoto segue para nossa planta, que tem aproximadamente 30.000 m² de área coberta, e é submetido ao processo de compostagem termofílica.
O local é licenciado pela CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) e pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), atendendo a legislação e garantido segurança e qualidade na operação. O material resultante do processo são o Fertilizante Orgânico Composto Sanerfétil, que pode ser usado em plantações de cana-de-açúcar, eucaliptos, café, plantas ornamentais, espécies nativas, áreas de produção de tapetes de grama, citros entre outras e o substrato para plantas PlantVerde destinado para mudas de pinus, eucalipto, nativas e plantas ornamentais, como flores e folhagens.
Além do pioneirismo de Jundiaí, é importante destacar que as empresas que encaminham seus efluentes para tratamento na Tera Ambiental também reaproveitam, de forma indireta, o lodo de esgoto gerado no processo. Sempre falamos que é necessário despertar a consciência em ações negligentes que envolvem o meio ambiente como também é necessário mostrar exemplos positivos como esse.