O que é preciso fazer para garantir o perfeito funcionamento da sua ETE, e quais cuidados básicos devem ser tomados para sua manutenção?
Uma Estação de Tratamento de Efluentes é projetada para alcançar uma vida útil de muitos anos. Para conseguir isso, são necessários alguns cuidados básicos para garantir a qualidade dos efluentes tratados e a otimização de recursos investidos na sua implantação.
A baixa performance pode acarretar no desperdício de recursos utilizados para o tratamento dos efluentes (como energia), gerando gastos desnecessários para a empresa; ainda, um sistema não eficiente está diretamente ligado à manutenção dos equipamentos que, uma vez não alinhados, podem ainda resultar em efluentes desenquadrados, gerando a possibilidade de prejuízos, seja por responsabilidade direta ou solidária.
E por conta disso, é necessário realizar uma avaliação inicial da infra-estrutura instalada, das atividades operacionais, de manutenção e gestão da ETE, além do treinamento da equipe técnica para que execute os trabalhos de forma segura e eficiente. É importante realizar manutenções preventivas e corretivas com avaliações consistentes, prestando atenção aos seguintes itens e parâmetros:
Nível de PH: O pH é uma medida que determina se a água está ácida ou alcalina. É um parâmetro que deve ser acompanhado para melhorar os processos de tratamento e preservar as tubulações contra corrosões ou entupimentos;
Oxigênio Dissolvido: O oxigênio dissolvido é vital para a preservação da vida aquática. Águas poluídas por esgotos apresentam baixa concentração de oxigênio dissolvido, pois o mesmo é consumido no processo de decomposição da matéria orgânica;
Sólidos Sedimentáveis: A remoção dos sólidos suspensos é geralmente obtida através do uso de sedimentação e/ou pelo filtro da água (geralmente em um nível municipal). Ao eliminar a maior parte dos sólidos suspensos em um abastecimento de água, a água é normalmente elevada ao nível de qualidade potável. Este processo é, em seguida, de desinfecção para garantir que qualquer patógenos não fiquem em estado de "flutuação" livre na água.
Turbidez: É a medição da resistência da água à passagem de luz. É provocada pela presença de partículas flutuando na água. A turbidez é um parâmetro de aspecto estético de aceitação ou rejeição do produto;
Cloro e cloroamoniação: O cloro é um agente bactericida. É adicionado durante o tratamento, com o objetivo de eliminar bactérias e outros micro-organismos que podem estar presentes na água. O produto entregue ao consumidor deve conter, de acordo com o Ministério da Saúde, uma concentração mínima de 0,2 mg/l (miligramas por litro) de cloro residual.
Temperatura: A temperatura influencia vários parâmetros físico-químicos da água, tais como a tensão superficial e a viscosidade. Os organismos aquáticos são afetados por temperaturas fora de seus limites de tolerância térmica, o que causa impactos sobre seu crescimento e reprodução. Todos os corpos d’água apresentam variações de temperatura ao longo do dia e das estações do ano. No entanto, o lançamento de efluentes com altas temperaturas pode causar impacto significativo nos corpos d’água.