Mudar rotinas operacionais, minimizando os impactos através de práticas ambientalmente conscientes que beneficiam a natureza em todas as suas esferas: essa é a base da economia circular. O conceito baseado na redução, otimização e reutilização de recursos naturais, é cada vez mais utilizado dentro das organizações, na medida em que é necessário priorizar um futuro sustentável, bem como manter uma imagem positiva perante a sociedade.

Para se ter ideia, uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontou que 76,5% das empresas já desenvolvem alguma iniciativa, mesmo que muitas vezes não tenham conhecimento que as práticas se enquadram na circularidade.

Nesse cenário, as indústrias cosméticas, em específico, têm um papel fundamental, já que se utilizam de diversos recursos nos processos produtivos. No segmento, é possível implementar a economia circular de vários modos e, apesar de cada negócio ter seus desafios específicos em relação à execução, há algumas estratégias que podem ser comumente aplicadas por qualquer organização, como por exemplo, o tratamento e a reciclagem de efluentes. 

Economia circular na indústria de cosméticos: como empresas podem colocar o conceito em prática através do tratamento de efluentes?

O setor de cosméticos, que lidera as primeiras posições na economia brasileira, demonstrou crescimento em 2022. Segundo pesquisas da NielsenlQ/Ebit realizadas no primeiro semestre do ano, esse mercado contou com crescimento de 24% quando comparado ao período anterior e, com este resultado, passou a ocupar o segundo lugar em relação ao aumento na intenção de compras de produtos do setor de beleza e autocuidado.  

Por outro lado, a alta nas vendas também exige um aumento na produção e, por consequência, a elevação na geração de resíduos líquidos e sólidos contaminados com substâncias químicas em função das pigmentações e outros componentes utilizados na produção de maquiagens, batons e demais itens de beleza. 

Mas, ao contrário do que muitos negócios pensam, isso não representa um problema.  As empresas do segmento podem aproveitar esse cenário como uma oportunidade de implementar a economia circular em seus processos, através do tratamento e reciclagem de efluentes.

Nessa iniciativa, todo o lodo proveniente do tratamento é reaproveitado na compostagem, junto a resíduos sólidos orgânicos industriais e agroindustriais, resultando em um fertilizante orgânico composto rico em nutrientes e destinado para a agricultura e paisagismo. Confira:

Esse processo de transformação é uma das práticas que mais agrega à economia circular. Afinal, as empresas estão indo além de simplesmente cumprir com sua responsabilidade, adotando um método de reinserção dos resíduos na cadeia produtiva, e garantindo a não geração de passivos ambientais.

Essa iniciativa ainda proporciona alguns benefícios às indústrias de cosméticos, como:  

• Segurança operacional e ambiental;
• Contribuição para atingir metas ambientais;
• Facilidade na implementação das métricas ESG;
• Alinhamento à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS);
• Transformação de resíduos indesejados em produtos de qualidade e valor ambiental.

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Natura: um exemplo prático de valorização ambiental na indústria de cosméticos

A adoção de alternativas sustentáveis já tem resultados comprovados no setor de cosméticos, tendo entre as empresas que reciclam seus resíduos por meio das soluções citadas acima, a Natura.

Para dar um novo destino às suas embalagens, a companhia desenvolveu o Programa Elos, que envolve a organização e seleção dos fornecedores, como cooperativas, recicladores e fabricantes. A iniciativa, que iniciou em 2017, contempla a rastreabilidade, a homologação e a logística reversa em todos os parceiros de materiais reciclados. 

A fim de tornar a iniciativa ainda mais ampla, a Natura também busca saber quem coletou os resíduos e em que condições, além de quem os transformou em matéria-prima reciclada - tudo documentado com notas fiscais e certificados. 

Além disso, os frascos de algumas linhas de produtos são feitos de PET 100% reciclado, o que representa por ano, 925 toneladas de plástico reutilizado; números equivalentes a 31 milhões de garrafas PET de um litro que deixam de ir para o lixo.

No que diz respeito aos efluentes gerados nos processos produtivos, a empresa também realiza o reaproveitamento desses poluentes. Além de tratar parte dos resíduos na sua própria planta, a companhia ainda tem a Tera Ambiental como parceira para receber efluentes excedentes, tratá-los através da reciclagem e destiná-los a compostagem, ambas alternativas citadas no tópico anterior que garantem a não geração de passivos e dão um destino sustentável para o que antes era considerado não reciclável.

Essa conduta ambientalmente consciente possibilitou que a Natura se tornasse um dos negócios mais sustentáveis do planeta. Ainda na categoria “meio ambiente”, a companhia já soma diversos selos e prêmios, entre eles o Best For The World 2021, ou Melhor Empresa para o Mundo, em português.

Implemente a economia circular na sua empresa com quem entende do assunto

Com experiência adquirida desde 1999, a Tera Ambiental é referência quando o assunto é reciclagem de efluentes e compostagem industrial. 

Assim como acontece com a Natura, recebemos resíduos líquidos e sólidos orgânicos para tratamento através de lagoas de aeração em uma das maiores e bem operadas estações de tratamento de esgotos do Brasil, além de destinar todo o lodo gerado no processo para nossa compostagem termofílica, que ocorre em uma área coberta de mais de 30.000 m².

Com uma visão ampliada, enxergamos negócios sob a ótica de ecossistema. Assim, buscamos desenvolver soluções integradas e capazes de gerar valor não apenas para nossos clientes, mas também para seus consumidores finais, para a sociedade e o meio ambiente.

É isso que nos move e nos inspira todos os dias a manter um papel de protagonismo em nosso setor. Portanto, se você também deseja alcançar uma posição de destaque no mercado, entre em contato com um de nossos especialistas e conheça nossas alternativas.