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A importância do inventário de carbono para empresas

Atualizado em 16/04/2019

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O inventário de emissões de gases do efeito estufa (GEE) é um relatório gerado a partir da compilação e análise de dados a fim de gerenciar tais emissões, tendo grande importância para diversos tipos de empreendimentos. Elaborado conforme a norma ISO 14.064, tem um grande significado para a reputação de um empreendimento em relação à responsabilidade e sustentabilidade ambiental.


Assim, além de ter de cumprir por força de lei tal determinação, a empresa pode se beneficiar do marketing ambiental positivo. Dessa forma, a empresa ganha ao realizar o melhor planejamento para elaboração do inventário, tanto na redução de custos relacionados às etapas de seu processo e cadeia produtiva, como por meio de programas e práticas de compensação ambiental e crédito de carbono, tais como recomposição de vegetação e proteção de áreas verdes.   

 

Entre os GEE´s, o dióxido de carbono (CO2) tem destaque, devido a uma parcela significativa ser resultado das atividades humanas. A remoção de CO2 da atmosfera se dá por diversos meios, tanto por solo quanto em tipos de uso e cobertura vegetal. Por isso a necessidade do levantamento das classes de vegetação, tanto natural, como aquelas originadas pelas atividades humanas como os reflorestamentos, áreas de agricultura e pasto, devem ser feitas seguindo parâmetros estabelecidos pelo órgão competente.


O mapeamento com localização, delimitação, distribuição espacial e a fração das classes, é essencial a fim de agilizar a produção do inventário.

 

Mapas de classes de cobertura de solos

Os mapas formam uma categoria de dados que representa de maneira gráfica as classes de um objeto ou tema com base em tipologias, como é o caso de vegetação e solo. Assim, o mapa é uma fonte de informação e deve mostrar ao usuário, de forma mais direta possível, o que é importante ao seu objetivo.


Para análise de biomassa e carbono das classes de vegetação natural, utilizam-se mapas e informações da fisionomia das classes de vegetação, ou seja, o aspecto mais geral dado pela altura, concentração e elementos típicos.  As classes de vegetação podem ser de porte alto ou baixo, fechadas ou abertas, serem predominantemente de arbustos e gramíneas, perder folhas no inverno, entre outros fatores. Com relação ao solo, os fatores importantes são a porosidade, composição mineralógica (relacionada ao conteúdo e perda de matéria orgânica), estoque original de carbono e susceptibilidade à perda do mesmo.


Existem vários fatores que também exercem influência ao analisar o carbono nestas condições:


. Particularidades regionais ou locais como frequência e quantidade de chuva;

. Tipos de raízes da vegetação;

. Diversidade entre a idade da cobertura vegetal;

. Rebrota de lugares desmatados e posteriormente abandonados;

. Se a vegetação está em seu vigor ou em período de stress ou senescência.


Sobre o cálculo de estoque e emissão/captura de carbono, as informações de algumas características de vegetação e solo são mais importantes do que outras ou, até mesmo, mais importantes do que a classe em si. Em um exemplo genérico, suponhamos que um mapa tenha 3 classes de florestas e que tenham em comum o fato de serem perenes, seus indivíduos terem, em média, idades aproximadas e terem aproximadamente a mesma biomassa. Então essas três classes representam a mesma coisa em termos de biomassa que, por sua vez, relaciona-se ao estoque de carbono existente na vegetação e a capacidade desta em absorver carbono da atmosfera.


Dessa forma, a partir de um mapa que contenha grande variedade de classes, é possível gerar um novo mapa no qual as classes são agrupadas, reduzindo assim sua variedade.


Afinal, o que é cobertura vegetal?

Uma cobertura vegetal é formada por indivíduos pertencentes a uma ou mais espécies. No caso de uma cobertura vegetal natural, têm-se diversas espécies ocupando determinada área, o que pode ser exemplificado por uma floresta ou por um campo natural, os quais possuem uma variedade de espécies de árvores, arbustos e gramíneas. Por outro lado, um reflorestamento de eucalipto pode ser formado por indivíduos da mesma espécie de árvore (no caso, Eucalyptus spp), assim como o pasto ser composto por uma mesma espécie de gramínea.


A cobertura e o uso dos terrenos sofrem mudanças que podem ocorrer em curto período de tempo e de forma intensa, principalmente devido à interferência humana.  Entre essas mudanças, temos a substituição de vegetação nativa por espécies cultivadas ou invasoras, as quais são introduzidas acidentalmente. Também ocorre mudança de vegetação quando tem-se remoção de forma continuada ou por ação de fogo, onde a vegetação original não se desenvolve mais, permanecendo as espécies secundárias como plantas oportunistas e mais resistentes. O terceiro tipo de mudança de vegetação é quando há a remoção e abandono, ocorrendo em sua regeneração várias etapas de sucessão.


A resolução espacial e a escala dos dados são fatores importantes aos objetivos e à área das unidades mapeadas para o inventário, e pode ter um impacto nas análises em paisagens muito fragmentadas ou que tenham um mosaico muito diversificado de tipos de uso/cobertura, o que é significativo com relação à questão do carbono.

 

Fontes de dados para o mapeamento

Os mapeamentos para carbono são feitos a partir de mapas, os quais podem necessitar de revisão, devido à data, escala e critérios de classificação em que foram elaborados. Tal revisão é feita a partir de imagens obtidas por aeronaves, drones e satélites.


As imagens de satélites possuem a vantagem de proporcionar medidas rápidas para talhões, áreas extensas e variações temporais em intervalos grandes, mas também têm limitações: Alguns tipos de uso/cobertura não são discriminados, algumas características importantes podem não ser captadas, interferência de nuvens, etc. Assim, é fundamental a integração com outros dados e trabalho de campo.


Outras fontes são consideradas para obtenção de dados como:

  • Modelos topográficos, a fim de se extrair declividade, altitude e outros fatores que influenciam a umidade e insolação da vegetação e solo;
  • Descrição de campo, inventários florestais e revisão bibliográfica, dos quais obtenham-se valores de biomassa ou de estoque de carbono e índices de remoção/emissão. Para os dados obtidos em literatura deve se levar em conta a diversidade de fontes e metodologias.

O importante é ter um conjunto de dados que possam ser confiáveis e integrados, permitindo a geração de novos mapeamentos e relatórios que possam ser utilizados prontamente em inventários de empresas.


Geração de campos informativos numéricos

Os mapas com tipos de vegetação e solos são convertidos de forma a serem representados por campos numéricos, ou seja, uma grade com pontos relacionados a valores de estoque de carbono. No exemplo hipotético abaixo são apresentados, em forma de diagramas, a geração desse tipo de informação:

artigo gee 1

Com auxílio de mapas, são analisados em conjunto imagens de satélites e dados de topografia.

artigo gee 2

As classes identificadas nas imagens e a partir dos dados auxiliares, geram um novo mapa o  qual é convertido em valores de carbono correspondentes a tais classes.


A importância de um banco de dados para carbono

É importante ter tais dados organizados e consolidados, a fim de suprir a necessidade de atualização e uso nos inventários exigidos para as empresas. Isso permite:


  • Verificar e monitorar mudanças de uso/cobertura num determinado intervalo de tempo, quais tipos de conversão ocorreram devido tal mudança e calcular variação de carbono devido à mesma;
  • Auxiliar nos casos de necessidade de recomposição de vegetação nativa (os dados referentes aos tipos mais específicos de uma localidade ou região estarão disponibilizados) e para reflorestamentos de Pinus, Eucalipto ou outro tipo de silvicultura, bem como de culturas frutíferas, grãos, cana e pastagens plantadas, analisando quais as espécies são mais adaptadas e adequadas para certas localizações.

Os campos relacionados aos valores de carbono podem ser úteis também para zoneamentos e planejamentos de atividades agrícolas, norteando projetos e planejamento a fim de auxiliar a precificação e crédito de carbono.


Conclusão

Atualmente legislações estaduais exigem a elaboração e divulgação do inventário de emissões de GEEs. Resoluções da Cetesb e do INEA, nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro respectivamente, exigem o inventário para a emissão e/ou renovação de licenças de operação em vários setores.

No entanto, o documento pode ir além da conformidade legal e redução de custos. Ao fazer um inventário, sua empresa poderá aprimorar sua gestão estratégica, valorizando e influenciando positivamente a sua cadeia de valor e pode ainda melhorar o posicionamento no mercado e gerar engajamento construtivo com as partes interessadas da sua empresa.


A obrigatoriedade do inventário para todos os setores já é uma realidade, por isso é sensato que as empresas preparam-se e evitem transtornos com as conformidades legais.


Marcelo F. Sestini, Analista ambiental e em Geotecnologias aplicadas,  graduado pelo Instituto de Geociências da UFMG, Belo Horizonte, MG. Mestre em Sensoriamento Remoto pelo INPE, São José dos Campos, SP. Consultoria e análises, tendo trabalhos realizados para empresas e órgãos públicos.

Tópicos: monitoramento, Inventário de Emissões de Gases Efeito Estufa, Inventário de emissões, Sustentabilidade Empresarial

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