Se uma empresa gera resíduos líquidos em suas atividades, ela deve obrigatoriamente realizar o tratamento de efluentes, conforme exigência da legislação brasileira e de seus órgãos ambientais competentes. Desse modo, é comum que busque fornecedores especializados para a execução do serviço. Porém, mesmo após a destinação final do efluente tratado, as organizações continuam responsáveis pelos resíduos resultantes do processo.
Isso quer dizer que, se o parceiro contratado gerar passivos ambientais, os geradores são considerados responsáveis solidários. Nesse cenário, uma alternativa eficiente, segura e sustentável é a reciclagem de efluentes. O processo faz com que os resíduos resultantes do tratamento sirvam para outras aplicações, sem causar impactos ambientais.
Além de contribuir com o meio ambiente, a estratégia isenta as empresas de passivos que podem gerar multas elevadas, paralisação das operações e graves prejuízos de imagem levando até mesmo ao encerramento das atividades.
Diferença entre tratamento tradicional e a reciclagem de efluentes
Quando uma organização contrata um fornecedor para realizar o tratamento, esse despeja os efluentes tratados em corpos hídricos ou rede coletora pública, atendendo a legislação mais restritiva entre as esferas federal, estadual e municipal ou exigências declaradas pelo órgão ambiental responsável. Nesse caso, o lodo gerado no processo é encaminhado para aterros sanitários, uma solução não sustentável.
Já quando a empresa conta com um parceiro que realiza a reciclagem de efluentes, o resíduo líquido tratado também retorna em corpos hídricos, cumprindo a exigência mais restritiva dos parâmetros enquadrados. A diferença é que o lodo gerado no processo é reutilizado, como é o caso do tratamento offsite de efluentes da Tera Ambiental.
Com a reciclagem de efluentes realizada pela Tera, o lodo tratado é reutilizado no processo de compostagem termofílica, transformando-se no fertilizante orgânico composto Terafértil, rico em nutrientes e indicado para o uso na agricultura e paisagismo. Isso faz com que se elimine a necessidade de utilizar aterros sanitários, ao mesmo tempo em que há uma contribuição direta com a preservação ambiental e aplicação real do conceito de economia circular.
A empresa foi a primeira a receber a certificação IBD de "Qualidade Certificada" para o processo de reciclagem de resíduos orgânicos através da técnica de compostagem, reforçando o pioneirismo no setor com a contemplação desse importante selo de qualidade.
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Etapas do ciclo de reciclagem de efluentes
O processo de reciclagem de efluentes passa por diferentes etapas até que o lodo resultante do tratamento seja transformado em fertilizante. De forma sucinta, são elas:
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Recebimento do efluente via caminhão
Apesar do saneamento básico estar diretamente ligado a redes coletoras públicas de esgoto, há diversas regiões que ainda não contam com essa infraestrutura que conduzem o resíduo para ETEs - Estações de Tratamento de Esgotos. Desse modo, o transporte se dá via caminhões preparados e equipados para coletar esse tipo de carga, já que os materiais podem ser altamente poluentes.
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Tratamento da fase líquida
Após o transporte, os resíduos passam por todos os processos necessários ao tratamento de efluentes, como caixas de areia, lagoas de aeração e lagoas de decantação, com o objetivo de remover a carga orgânica que dá origem ao lodo. Inclusive, esse deve ter total atenção, já que se trata de aproximadamente 90% do total de resíduos gerados nas ETEs.
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Efluente tratado retorna à natureza e segue o ciclo d'água
Depois do tratamento de efluentes na fase líquida e a separação do lodo, os efluentes resultantes do processo seguem para os corpos d'água conforme parâmetros exigidos pelo órgão ambiental CETESB pelo decreto 8.468/76, que determina as formas de descarte nos corpos hídricos da região, tanto direto quanto indireto.
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Lodo é encaminhado para a compostagem
O lodo resultante do tratamento de efluentes é transferido para o galpão de compostagem, misturando-se a outros resíduos orgânicos industriais, agroindustriais e urbanos como produtos alimentícios vencidos ou fora de especificação, lodos de ETE biológicas, inclusive sanitários, podas de árvores brutas ou trituradas, bagaços, cascas de frutas e legumes provenientes do processamento de alimentos, restos de alimentos provenientes de restaurantes, supermercados, ceasas, entre outros resíduos.
Por meio da compostagem, o fertilizante orgânico composto é produzido ao final do processo termofílico após aproximadamente 60 dias. Dessa forma, não há o descarte de resíduos sólidos em aterros, o que significa ausência de passivos ambientais e consequentemente, corresponsabilidade legal.
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Fertilizante orgânico composto é encaminhado para a agricultura
Ao final do processo de reciclagem de efluentes, o fertilizante orgânico Terafértil, registrado no MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, segue para o uso na agricultura.
Dessa forma, empresas geradoras de resíduos líquidos e sólidos aderem ao Upcycling como alternativa segura e eficaz de transformação de resíduos, antes indesejados, em novos produtos de qualidade e valor ambiental.
Assista ao vídeo abaixo e entenda melhor cada etapa da Reciclagem de Efluentes da Tera Ambiental: