Resíduos biodegradáveis são aqueles de decomposição natural, que ocorre por meio de bactérias e de fungos. Isso é possível porque esses materiais são renováveis, ou seja, são facilmente substituíveis e podem ser reutilizados com certa facilidade, minimizando impactos ambientais.
Uma das mais claras diferenças entre a biodegradabilidade ou não é a degradação, ou seja, o biológico se decompõe de forma natural e até benéfica à natureza. Já o não biodegradável quase nunca propicia qualquer benefício ao meio ambiente e merece um atenção especial para seu tratamento.
Em relação aos resíduos, os biodegradáveis são provenientes de diversas origens e formam um fluxo transversal, independente dessa mesma origem. Eles são provenientes de atividades da agricultura, domésticas, florestais e industriais e são encontrados na forma sólida ou líquida. Eles se decompõe de forma natural, entretanto, são necessários sistemas de tratamento para acelerar esse processo que aconteceria naturalmente. Dada a grande quantidade de resíduo gerada atualmente, a natureza não daria conta de desempenhar esse papel.
A Norma 10.004/2004 da Associação Brasileira de Normas Técnicas, responsável pela classificação dos resíduos, também os ordena quanto à biodegradabilidade, sendo:
facilmente biodegradável (FD), moderadamente biodegradável (MD), dificilmente biodegradável (DD) e não degradável (ND). Os resíduos biodegradáveis não estão catalogados como resíduos perigosos.
A legislação brasileira, ainda, identifica os resíduos biodegradáveis como “resíduos” e, por esta razão, eles devem ter uma gestão e destino adequado.
Reaproveitamento e destino correto
O tratamento dos resíduos biodegradáveis industriais gera um impacto ambiental muito positivo e, por este motivo, sua prática deve ser incentivada e realizada cada vez mais. No que diz respeito aos resíduos biodegradáveis sólidos, eles podem ser valorizados por operação de compostagem, por exemplo. O composto gerado no processo passa a ser utilizado para aumentar o teor de carbono no solo e manter sua fertilidade no cultivo agrícola.
Para o tratamento dos resíduos líquidos (efluentes) biodegradáveis, o processo biológico é uma alternativa eficiente e econômica para a degradação da matéria orgânica. A operação ocorre com ação de agentes biológicos - bactérias, protozoários e algas - e pode ser do tipo aeróbio e anaeróbio.
No tratamento biológico aeróbio são utilizados micro-organismos que degradam as substâncias orgânicas, assimiladas como alimento e fonte de energia mediante processos oxidativos. Nessa operação, o efluente precisa ser submetido a temperaturas específicas, e estar com o pH e o oxigênio dissolvido (OD) controlados.
Tratamento biológico anaeróbio
Outra modalidade de tratamento dos efluentes biodegradáveis é o biológico anaeróbio, que utiliza bactérias que não necessitam de oxigênio para sua respiração. Nesse processo, parte da matéria orgânica é convertida em gás carbônico e metano, que são eliminados por queimadores de gases. Uma das vantagens desse sistema é a geração de menos quantidade de lodo residual e, em geral, é necessária uma área menor para sua instalação.
Com os exemplos de tratamento e reaproveitamento dos resíduos biodegradáveis, fica claro que eles são considerados sustentáveis e contribuem para a redução do lixo e da poluição do solo, das águas e do ar.